sábado, julho 28, 2007

3 meeeses

Ultimamente tenho tido uma vontade recorrente de escrever aqui! Acho que o grande intervalo sem postar me deu assunto suficiente pra, digamos, umas oito páginas de post. Portanto, recoste-se em sua poltrona, acenda seu cigarro e vamos lá! Dããr.

Tenho passado por várias coisas aventurescas que dariam belax reflexões divertidas à-là-Hornby pro blog, mas é que no meu TRABALHO NOVO (UUUHH) não dá pra postar em blog. Não dá pra entrar em blog, anyway. Então eu acabo esquecendo de postar quando chego em casa. Mas tenho visto muitas coisas engraçadas, porque agora todo dia ando de transporte público na cidade de São Paulo, trem + metro, e vejo centenas de pessoas esquisitas e normais, mas todas bem diferentes, e passar por elas e imaginar quem elas são, porque se vestem daquele jeito, o que estão pensando etc me fascina e me entretém por todo o caminho. Tenho escutado bastante música, que acaba servindo como uma trilha sonora bem apropriada pra minha observação dessas pessoas. E todo o caminho de ida e volta pro trabalho é uma diversão.. até onde ir pro trabalho pode se ruma diversão.

Consegui um emprego numa editora e estou realmente feliz. Escrevo e traduzo textos pra revistas licensiadas, de filmes, séries, desenhos e essas coisas. O trabalho me agrada mesmo, as pessoas são legais, o ambiente é tranqüilo e finalmente vou poder guardar grana pra poder viajar. Na realidade, embora eu ainda tenha intenção de ir pro UK, cada vez mais tenho certeza que quero ir pra vários lugares e não pra um só... Me estabelecer em Londres, trabalhar e estudar, por mais tentador que possa ser, não corresponde àquilo que eu busco nessa viagem. A idéia é ir pra muitos lugares... conhecer as pessoas diferentes no mundo inteiro. Aprender a ser sozinha - a não ser que eu arranje algum doido/a que tope o esquema, também. Sei lá.

Tenho lido bastante, o que me deixa feliz. Não é prepotência, mas é que às vezes eu sinto como se meu texto não pudesse evoluir mais. Não é que eu me acho muito boa, só que eu cheguei no meu limite, seja lá qual ele for. E isso não me deixa feliz mas, sinceramente, acho que só lendo mesmo. Pra quem lia um livro do Pedro Bandeira por semana quando tava na sexta série, minha performance caiu consideravelmente...

Li também o último volume de Harry Potter. Não, meio que devorei; e achei realmente incrível, embora o epílogo seja fraquinho. No conjunto da obra, entretanto, gostei de tudo e tal. Mesmo. E quero reler, o que devo fazer hoje, já que Harry Potter 7 não é exatament eum pocket book e com os tren cheios e sem lugares, não dá MESMO pra ficar lendo Harry Potter neles.

Ontem fui no show do Rakes e foi bem legal - não valia 50 reais, mas eu fui de graça então o saldo final foi positivo. Uma vez li um livrinho engraçado, Manual do Paulistano Moderno e Descolado, uma sátira da classe média alta moderna paulistana - oes estudantes de comunicação e artes, pessoal da imprensa, os pseudo-intelectuais. Só que li oi livro meio naquelas, quer dizer, entendi o que o cara quis dizer, mas não por experiência própria (exceto por uma festa de aniversário há tipo 6 anos, de um jornalista amigo do meu pai, que foi no consulado britânico e era cheio dessas pessoas, mas ainda eu não conseguia entender muito bem o que era aquilo). Bom, ontem no Funchal foi um festival dessas pessoinhas - rodinhas descoladas de gente super moderna falando das últimas viagens à Europa e à NY e... ignorando com veemência as bandas no palco, quer dizer, elas vão pra fazer SOCIAL e não pra ouvir a música. It's all about status. Eles só não percebem que são tão fúteis quanto eles gostariam de não ser.. argh.

Um pouco antes das férias fui numa rave com uns amigos ravers. E um lugar desses poder merecer várias críticas, mas algumas coisas são LOUVÁVEIS: ninguém vai lá pra fazer social, pra ficar bonitinho e descolado entre os amiguinhos. As pessoas estão lá pra reverenciar a música - ela é a atração principal, it's all about music, ninguém se importa com nada (é tipo dance like nobodys wathcing mesmo), as pessoas de tribos diferentes realmente se respeitam... E, bem, é meio um mundo à parte. Não, não virei uma mina do trance... iria de novo, mas só caso fosse de graça (de novo). É divertido, acho, mas só uma vez na vida outra na morte. E o rocknroll ainda é o que gets me going. :)

Abraços e desculpem esses posts biográficos, sem reflexões bizarras, mas tava numa pegada de contar o que aconteceu de diferente. Volto logo... ou não.

PS.: Depois de tanto tempo sem postar, será que alguém ainda entra aqui?

Ana Paula Freitas at 2:28 PM


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