segunda-feira, março 20, 2006

Would you smile again for me?

Na última vez que eu atualizei, eu era outra pessoa. Trabalhava em outro lugar, meu estado de espírito era outro (bem inferior) e eu nem desconfiava o que a vida estaria reservando pra mim.

Hoje, dois meses depois do último post, é curioso observar como tanto mudou. Aprendi muitas coisas; inclusive, que a gente não deve fazer planos tão acurados. Basear a vida neles, trabalhar com possibilidades. Quase nunca funciona.

Não passei no curso de Jornalismo da Fundação Cásper Líbero. Consegui uma vaga no mesmo curso, pro período noturno, na Universidade Metodista de São Paulo - considerada pelo Guia do Estudante a melhor do país em Jornalismo. Subestimei a Metodista e até que foi bom; me surpreendi positivamente com o curso e estou muito satisfeita. Fui demitida do lugar onde eu estava trabalhando - aquele que eu odiava - e felizmente consegui, três semanas depois, um estágio remunerado na Faculdade. As expectativas são muitas - sou uma das únicas alunas do primeiro semestre aqui a conseguir estágio remunerado e corre entre os professores a dúvida: "será ela capaz de dar conta do trabalho?". Mas é só um desafio a mais, não? É só questão de fazer o que sei fazer da melhor maneira possível.

Continuo lendo o que eu lia e escutando o que eu escutava. Agora saio mais, na intenção de poder passar alguns momentos da semana com alguns amigos que agora vejo pouco. Tenho conhecido pessoas na faculdade - algumas com potencial para se tornarem amigos extraordinários - e reencontrando pessoas das quais gostaria de me reaproximar.

Meu pai se casa nesse sábado, dia 25. Tenho sorte em relação à minha "madrasta" (estranho falar assim), ela é uma pessoa incrível. E gosta realmente do meu pai e isso não precisa ser gênio pra perceber. Não me é estranho esse negócio de meio que ganhar uma "nova família". Minha mãe também casou recentemente e nós, afinal, estamos morando com o cara - com a diferença que no caso da minha mãe não houve cerimônia.
Junto com o Gregório (marido da minha mãe), veio o filho dele, a ex-mulher alcoólatra e problemática, a mãe dele (uma senhora muuuuito figura, que deve ter mais de 70 anos e é surpreendentemente sóbria e moderna), os irmãos dele (que são vários, um inclusive gêmeo) e respectivos anexos (espécies de novas tias e primos), entre muitos outros. Com a Liliana (quase mulher do meu pai) vêm também um monte de gente meio que junto, inclusive a irmã dela, com quem me dou particularmente bem. Eu e meu irmão estamos, na verdade, lidando muito bem com tudo isso - até porque foi tudo feito de uma forma extremamente cautelosa e porque não dizer natural (pelos meus pais, quero dizer).

No resto das coisas a vida é quase a mesma. Na última semana tive um sonho daqueles que só pode ter depois das 11, quando as crianças já tão dormindo - fazia tipo uns 3 anos que não tinha um assim, desde a época de pico das mudanças hormonais. Preciso me policiar em alguns setores (ando exagerando na vida boêmia, acho) e arrumar uma empregada nova (a antiga se demitiu sexta). No sábado perdi minha caretira, que foi milagrosamente encontrada e devidamente devolvida no setor de Achados e Perdidos do Shopping ABC - com o dinheiro dentro.

Me despeço com a bela canção que tem embalado minhas noites. A banda é "...and you will know us by the Trail of Dead" - vale uma visita ao site da banda, é lindo (http://www.trailofdead.comj). Segue a letra. Ah, o endereço do meu flog: http://www.fotolog.net/opoucoquesobrou

Will You Smile Again?

Close the door and drift away
Into a sea of uncertainty
Where all your hopes and dreams
Have faded out of reach.
Remember all the bad dreams
Are not far from reality
Would you write again for me?

(let me whisper something in your ear)

And you awake and there you are
Not far off from the line before
And just how long did it take for you to understand
Where your feelings stopped and writing began
Convince yourself to take control
Play to the hilt this unlikely role.

Remember all the bad dreams
Are not far from reality
Will you write again for me?
And who bade you stop this living art?
Have you forgotten just what you are?
If you don't want to then you could at least pretend
That the paper's your soul and your blood's in the pen
And maybe then you'd see the light
And read the truth that you had to write.

If heaven sent you downstream
Where banished eyes haven't been
Would you smile again for me?
You misread your fate line
Had long run out of time
Would you write again for me?

And you awake and there you are
Not far off from the line before
And just how long did it take for you to understand
Where your feelings stopped and writing began
Convince yourself to take control
Play to the hilt this unlikely role.

If heaven sent you downstream
Where banished eyes haven't been
Would you smile again for me?

Ana Paula Freitas at 5:00 PM


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