sábado, dezembro 30, 2006

We're going to hell anyway let's travel first class

Difícil escrever com música, difícil organizar os pensamentos depois de tanto tempo sem postar e tanta (?) coisa acontecida, tanta coisa pra falar assim.

Primeiro que essas datas comemorativas significam cada vez menos e menos pra mim. Possivelmente vou passar o ano-novo sozinha - isso, em casa, só eu, minha mãe vai pra casa da família do meu padrasto e eu não tô afim. Aí fica um negócio de "ai como ela é anti-social", mas vejam bem, é apenas ficar sozinho em casa como eu faço em todos os outros dias, quer dizer, só é o ano novo, e daí??

Minhas férias tediosas, aquelas que prometiam livros e seriados incríveis.. Não cumpiram a promessa. Os dias passam e eu sem nada pra fazer. Só tenho baixado música, mas nunca arranjo tempo pra ouvir tudo o que eu baixo e fico com a consciência pesada. Até porque eu sou meio chata pra ouvir música; quer dizer, eu OUÇO música, não gosto de ler enquanto ouço música ou fazer alguma outra coisa que exija atenção, eu gosto de dedicar-me toda à música. Por isso tenho dificuldade de escrever com música, de ler. De conversar no MSN tenho não, mas tudo bem. Aliás, tenho me sentido com 13 anos novam ente; quando ICQ era tudo que importava, e os grandes amigos e as grandes conversas vinham de lá, do ICQ. E tudo que a gente fazia era ficar no ICQ, rindo e conversando, falando merda, flertando (é um belo verbo, não?), essas coisas que arrancam risadinhas (giggles).

Só que quando eu tinha 13, embora tivesse uma amizadezinhas de 13 beeem venenosas, não rolavam umas falsidades homéricas pela internet, como a que eu presenciei esses dias. Uma amiga disse que HOMEM NENHUM PRESTA. E eu to começando a concordar com ela, tirando todas as merdas que a gente já sabe que os homens são capazes porque a gente se ferrou com eles, tem o machismo. E tem outra coisa também, que eles não assumem e creditam à nós, mulheres, mas que eles desenvolvem com matesria, também: fofoca e a tão falada em um post passado aí, a falsidade. Marmanjos falando mal dos outros pelas coistas, tsc tsc. E eu que achava que a música mudava as pessoas; mudou a mim, que sou boba, fraca, legítima, sei lá. Não a eles.

Aí eu fico aqui; eu, o vídeo pornô do Colin Farrell, os livros lidos, relidos e rerelidos - os não-lidos também, LOST e Heroes, Harry Potter and the Deathly Hallows, o Prison Break que me espera, os CDs que eu ouço e os que eu não ouço, as coisas que eu ganhei de Natal e as que eu ganhei mas que não foram de Natal.. Espero uma atitude, algum lugar pra ir, alguma coisa pra fazer, uma noite agradável pra sair, essas coisas que todo mundo espera d eum jeito ou de outro. Mas nada aocntece, aí só fica nessas nerdices de Orkut MSN etc E ISSO ENCHE. Parece que deforma o cérebro. Deprime, indispõe. Dá vontade de dormir o dia inteiro. Então eu paro.

E venho pro blog escrever. :)

Eu tinha certeza que tinha mais, tinha.. tinha. Acho que não tem mais, então.
Desculpem pela baaaaixa qualidade de conteúdo. É que a falta do que fazer, como eu disse, atrofia meu cérebro e priva de criatividade. Sorry. Prometo exercitar.

Ana Paula Freitas at 9:24 PM


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sábado, dezembro 09, 2006

Ensaio sobre a inveja (ou "O mundo me cansou")

To tipo cansada do mundo. Não cansada no sentido depressivo-quero-me-matar style, embora esse seja velho conhecido meu (sou emo). Cansada-indignada, cansada-não-aguento-mais-essas-pessoinhas. As pessoas falam de coisas horriveís e detestáveis como se elas fossem absolutamente normais e admitíveis. Inventam coisas que prometem facilitar nossas vidas e perdemos metades dessas vidas na fila da assistência técnica pra consertar essas coisas. Quero deixar bem claro que o que me cansa é o mundo; a vida, essa não me cansa. Ao contrário; quanto mais o tempo passa, mais amor tenho pela vida e pela minha vida, algo que é extremamente estranho a mim. Eu não costuma dar valor a minha vida. Sem brincadeira. Não que eu vivesse perigosamente; mas simplesmente.. eu não me importava. Tipo, fosse o que viesse (viesse o que fosse, viesse o que viesse ou fosse o que fosse), dane-se.

As pessoas metem o pau na inveja. Puta que o pariu. Falemos um pouco dessa merda. Inveja é a porra do sentimento mais abominado do mundo. Ninguém admite ter inveja e ninguém quer que os outros tenham inveja de si. Pergunte pras pessoas qual o pior sentimento do ser humano; alguns dirão pena, mas a maioria pensa que é a inveja. Nos blogs, Orkuts e flogs miguxos da vida, dá pra encontrar fácil fácil em uns 87% deles um "OdEiU: InVeJa, FaLxIdAdi". A Falsidade nem vou comentar pq pra mim ela tem um caráter interpretativo. Teatro mesmo. Não que eu seja a favor dela, naturalmente, e quem me conhece pode me dizer o quão oposta eu sou desse negócio de falsidade (quer dizer, sou absolutamente espontânea). Existe kinda uma moda de achar que tudo é inveja e que todo mundo tem inveja de você. Em quantos lugares vc já leu aquela fatídia (e nojenta) "A sua inveja é meu ibope"??? O negócio é o seguinte. A inveja move o mundo. E, c'mon again - o que é a inveja?

Se a inveja for "desejar ter algo que outra pessoa tem", que é uma definição plausível, creio (concordam?), então fudeu. Porque todo mundo tem inveja. Quer dizer, a gente sempre deseja ter o que os outros tem; é tipo normal, acontece todo o dia, desde o dia em que entendemos o conceito "dinheiro" e o conceito "bens consumíveis", ou seja, todas as coisas. Anyway. Se a inveja for isso, então, ela é boa; porque muitas vezes é o nosso combustível. Ver que alguém conquistou algo que nós não temos e queremos pode e quase sempre serve de estímulo pra lutarmos e conquistarmos também.

Agora.. se a inveja for "desejar ter aquilo que a outra pessoa tem, exatamente aquilo; tirar dela e pegar pra você, OU, se você não pode ter ninguém terá", aí sim que é algo meio do mal. Primeiro porque é uma palavra incrível, quer dizer, IN VE JA pra dizer todas essas coisas ao mesmo tempo. Segundo, porque é muuuuito maligno. Meio de novela, né? Quando eu dizia pra minha mãe "isso é tudo mentira!", me referindo às novelas, ela dizia "é, mas existe isso aí na vida real simmm", e eu nunca acreditei muito. Essas caricaturas, estereótipos sabe? Meio lance da Paris Hilton lá embaixo. Existe gente ruim, mas essa coisa "Malhação", de arquitetar planos pra destruir a vida dos outros? I mean, existe, eu já ouvi falar e tudo mais, mas não é tão frequente quanto nas novelas. Ou é?

Outra coisa nada a ver, mas o blog é meu então c'mon. Eu fico meio deslumbrada, no Natal, com a decorações. Não tem essa de "aii odeio Natal, capitalismo barato, gente triste etc", eu tbm odeio o Natal nesse lance.. Não significa nada pra mim (simbolismo e tal), mesmo; só sei que quando chega o Natal, e aquelas luzinhas enchem a cidade (falo mais especificamente das luzinhas, não dos papais-noéis nem das renas - o que me agradam são as luzinhas), eu sinto no ar. Eu consigo respirar o Natal; sério. Achei que era com todo mundo. Alguém sente assim também? Me lembra coisas da infância e por isso eu consigo respirar o Natal. É tipo um trauma bom; ao contrário do trauma ruim de, por exemplo, nunca ter tido um cachorro. Gatos eu tive aos montes, mas nunca tive cachorro. Talvez por isso eu tenha dificuldade de lidar com criança. Quer dizer, eu adoro crianças, mesmo, mas não sei lidar com elas, porque não consigo ficar falando com aquela vozinha e de um jeitinho bunitchinho axim. Sei lá, sinto vergonha de mim mesma, vergonha pelos outros me vendo falar assim. É tosco. Aí falo com as crianças como se elas fossem quase adultas; mas eu acho legal, de certa forma. Se eu fosse criança, gostaria de ser tratada assim, também.

Hum.. That's all folks (for a while)

Ana Paula Freitas at 4:16 AM


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terça-feira, dezembro 05, 2006

Push me, pull me

Eu hostilizei o Chorão durante anos (pra quem não sabe, a maior comunidade do Orkut, a primeira, "Eu Odeio o Chorão", de 35 mil pessoas, era minha, mas eu a apaguei) porque, entre outras coisas, ele cantava o verso ridículo "eu não sei fazer poesia, mas que se foda". Mas agora eu me dei conta que me sinto quaaaase da mesma forma. Eu não sei fazer poesia, eu nunca soube. Mas eu realmente me importo com isso, ao contrário (aparentemente) do Chorão. Quer dizer, ao mesmo tempo que eu não me imprto, eu me importo. Porque eu sou ligeiramente capaz de fazer prosa poética, o que pra mim já é suficiente! Mas a poesia, aquela coisa metrificada, milimetricamente rimada, parnasiana.. eu nunca consegui. Meu irmão faz, sabe? Mas o lance dele é mais.. estético. Como ele. Pra mim tem que ter conteúdo. Olha que incrível, a gente transporta nosso gosto na vida real pras artes. Pra mim, tem que ter recheio e tal. Meu irmão escreve aquelas coisas dele, são legais, mas estéticas; ele procura palavras bonitas no dicionário e as harmoniza de forma agradável. Não posso negar que isso seja um dom, mas sou muito mais a prosa poética, e a prosa, porque não?

Quer dizer, como as pessoas não percebem que saber lidar com as palavras é uma arte? O português é incrível, na boa. Eu já aprendi algumas línguas, mas nenhuma é tão incrível quanto o português. Aqui falo de inglês, francês, espanhol. Não conheço italiano mas imagino, por cima, que ele seja tão incrível quanto português. Cara! As palavras, elas têm vida própria. As pessoas que sabem domá-las, cara, é um dom. Eu já li textos que eram verdadeiras obras de arte.

E agora, olha que coisa injusta, não consigo dar continuidade ao texto porque fica vindo à minha mente a idéia de que estou devendo pro banco. Negativa e tal, e as contas tão aí. Aí eu tento desenvolver as idéias na cabeça, mas tudo que vem à mente é "preciso de dinheiro pra cobrir tal coisa". Eu costumo fazer listas das coisas que preciso fazer, preciso comprar.. Na verdade, preciso comprar a Piauí, assinar a Rolling Stone e a Piauí, comprar um pad de borracha e madeira pra estudar bateria, pagar a faculdade e pagar o cartão de crédito. Ah, e cobrir o crédito da conta corrente. Tudo isso com um salário de 500 pilas. Ahn, e juntar dinheiro pra viajar! (ops, não consegui vencer o desafio lançado no post abaixo).

Porra, que coisa idiota. Desculpem, isso deve ser um porre, ficar falando dos meus problemas financeiros. Vamos lá, fechando o rexto, lembrando das coisas boas: tenho uma banda e ela vai virar, passei e estou no 2º ano de Jornalismo (eita, que rápido), entro de férias do trabalho dia 19, tenho dezenas de livros, filmes e seriados pra assistir nas férias - ou seja, começarei 2007 com uma bagagem cultural way larger. (existe iss0??)

E só. :)

Ana Paula Freitas at 10:19 PM


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Save it for later

E você escreve e a força acaba! E você tenta de novo, motivada pelo medo. Medo de que todo mundo que lê isso aqui pare de ler porque não atualiza nunca.

Esse negócio de faculdade e trabalho em grupo, não sei quem foi que nunca teve a idéia de mencionar isso num guia de coisas mais difíceis da vida. Na verdade, não sei como ninguém nunca teve a idéia de escrever um guia desses - ao menos eu nunca ouvi falar de um.

Pois bem, o negócio é que realmente não é fácil. Principalmente quando se tem um leve instinto de liderança, remanescente de algo bem forte que eu costumava ter aos 12 ou 13 anos. Resumindo: eu tenho algo para liderar, mas está meio ofuscado; dependendo da ocasião ele "desabrocha" (ui!), mas ultimamente tem andado hibernando. Que nem os jacarés que hibernam; sabiam que tem jacarés que vivem no deserto, e que nas épocas de seca (ou seja, durante o ano todo, já que no deserto só chovem umas semanas no ano), eles se escodem embaixo da terra (onde é fresquinho) e hibernam? O metabolismo dele fica mais lento e eles conseguem sobreviver daquele alimento que coletaram na época das chuvas. E você pensava que eram só os ursos né?

Agora, não existe nada no mundo que prove mais que o fim-de-semana da pessoa foi average quando ela DESCARADA e DESAVERGONHADAMENTE conta histórias dignas do Animal Planet. Ou seja: significa que eu assisti Animal Planet no fim de semana, e isso é decadente. De certa forma, foi numa ocasião interessante - eu estava na casa da minha vó, não ia lá faz um tempo, estava com saudades etc. E as pessoas, meu pai e tal, assistem Animal Planet lá. Mesmo assim, quem tem um fim-de-semana muuuito legal não assiste Animal Planet. Ou assiste, né.

Mas, voltando ao lance de trabalhos em grupo na faculdade. Passei uns dias bem estressantes. Hoje eu perdi uns 400 fios de cabelo. Mas agora passou; aparentemente eu passei em tudo, até em sociologia, matéria na qual tirei a nota exata que precisava para passar. E quanto mais você estressa nessas semanas finais, maior é a sensação feliz de relaxamento quando tudo termina. Eu trabalho até dia 19 e isso sux; mas, de qualquer forma, estarei em casa durante todo o mês de janeiro e isso é motivo de sobra pra comemorar.

No post anterior, eu estava REALMENTE dopada de sono. O mais legal é descobrir que é possível EFETIVAMENTE se dopar sem precisar tomar nada que te faça um criminoso. Eu tava com sono e ouvindo Lilly Allen, mas o sono me deixou num estado meio de "meditação" muito estranho. Outro dia, eu entrei em algum tipo de transe musical, algo incrível e estranho e medonho. Estava chegando no trabalho com o mp3 e aquilo parecia ser tudo. Quero dizer, o mundo era aquilo: eu, meu mp3 a música, e eu cantando, mais empolgada do que jamais (será?( poderia estar. Impressionante.

A coisa mais besta da minha vida me aconteceu ontem. Eu fico envergonhada de contar essas coisas pros outros, porque é o tipo de coisa que eu leria e pensaria "meu deus, que pessoa idiota!", mas eu gostaria de compartilhar isso. E essa última oração foi total alcoólicos anônimos.

Whatever. O negócio é que ontem eu fui levar a Lili, que é a minha "madrasta" (é muito estranho chamar as pessoas assim), no aeroporto. Ela foi pra Suécia ou Suiça a trabalho. O vôo era pela British Airways, com uma escala em.. Londres. E, merda, como foi ridiculamente simbólico pegar aquela fila pro check-in de.. Londres. Eu olhava em volta e tinham vários ingleses, e também tinham brasileiros. E ao mesmo tempo que eu pensava que eles estavam indo e eu não estava, eu pensava que porra, era um treinamento. Tipo um estágio na fila do check-in.

Meu desafio é: dois posts sem falar de Londres / viagens pro exterior. Será que eu consigo? Ou, mais importante, será que eu quero conseguir? Talvez a única coisa que me faça continuar determinada e não desistir seja isso aqui..

Que ridículo, né? Se eu dependo do blog pra continuar determinada então é ridículo.
E pelo amor de Deus, alguém me arruma um estágio onde se pague bem. Um emprego qualquer que me pague bem. Não aguento mais ganhar pouco e não conseguir juntar o dinheiro. Juntar o dinheiro..

Ana Paula Freitas at 1:04 AM


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