sábado, novembro 25, 2006

Oh yeah I'm fine, everythings just wonderful, I'm having the time of my life

Escrevo sobre e perigosa e altamente viciante mistura de sono pesaaado e overdose de Lilly Allen. Há tempos não ouvia algo tão divertido quanto Lilly Allen. A menina é genial! É tudo tão divertido, as letras são sobres coisas cotidianas que acontecem com a gente, sensacional mesmo.

E a minha tese de hoje é que a Paris Hilton não existe. É uma farsa. Não reparem em erros de português e nem se eu viajar muito ou algo assim. To mesmo entorpecida de sono, nunca vi nada igual

De qualquer forma, a tese é que a Paris Hilton é um estereótipo extremo de uma figura. Puta, rica, fútil, loira, burra., americana. Tudo junto. Tá óbvio que isso é impossível. As pessoas são mais do que estereótipos, qualquer uma delas. PRA MIM, a Paris se finge de tudo isso numa atitude pensada. Ela faz isso pra testar a atitude das pessoas diante da maneira estúpida dela de agir. Paris Hilton cresceu rica e morrerá ridiculamente rica, provavelmente; de maneira que eu penso que na adolescência ele teve um lapso e leu muita filosofia e sociologia. Dessa maneira, ela forja esse comportamento para verificar que as pessoas a tratam muito bem do mesmo jeito, embora ela seja estupidamente esúpida. Faz parte de um estudo antropológico da própria Paris; tem algo a ver com interesse pelo comportamento humano, saberes do homem, LOST, Michel Foucault e Francis Wolff, entre outras coisas.

Quero escrever muuuito, porque faz tempo que não escrevo e minha cabeça tá explodindo de coisas, porque tive a semana mais atribulada da minha vida, porque to aprendendo a dirigir... Mas não vai rolar. Não agora. O sono me derruba, e eu o enfrento só pra ter a chance de escrever mais alguma coisa. E é só pra gravar no universo. Eu acredito na força das palavras. Muito.. é coisa do budismo. Mas.. London me espera; cedo ou tarde, e eu a vejo mais cedo do que tarde.

:)

Ana Paula Freitas at 12:24 AM


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quinta-feira, novembro 09, 2006

O mundo e os idiotas (ou: Texto chato pra cacete)

Pessoas idiotas existem e, pasmem - a gente cruza com uma porção delas no dia-a-dia. Algumas realmente me surpreendem. Ontem, indo à palestra dos caras da Globo aqui na Metodista, encontro uma idiota dizendo "Ai, não vou nesta merda, que coisa ridícula! É bem coisa de primeiro semestre, ainda tiram foto com o Kotscho e colocam no Orkut". Não sei nem o que ela tá fazendo no curso. Você, leitor incauto, entenda que eu não sou paga-pau da Globo, nem do Kotscho, nem de merda nenhuma. Nem o inverso. Mas esses caras são grandes nomes da profissão no país. Ouví-los falar nos ensina coisas que a gente não aprende em 4 anos de faculdade.

Já na palestra, outro idiota finge estar roncando diante do brilhante discurso do José Hamilton Ribeiro sobre Zé Bilico, o mineiro que ele escolheu como personagem pra sua grande reportagem no livro. Azar o dele, já que a história do Zé é, sem dúvida, algo que eu faria, assim como fez José Hamilton. Porque é história de gente e eu adoro contar história de gente (de bicho também, mas vocês entenderam).

E não é que eu me ache melhor ou pior por isso. Só acho idiotas as pessoas que não são capazes de aproveitar as grandes oportunidades que lhes são dadas na vida. Só ouvir aqueles caras falando já me acrescentou tanto, mais do que eu aprendi em um ano de Jornalismo. Aquela menina, de quem eu falei no começo - ela nem imagina o quanto ela perdeu. Falando nela, o Geneton, outro cara que deu palestra, falou de pessoas como ela. Que não são mais capazes de se expantar com as coisas da vida. Cara!, eu pirei quando ele falei isso. Quando eu tinha 10 anos eu li O Mundo de Sofia. Eu li que o grande filósofo jamais perde a capacidade de se expantar com o mundo - como a criança, que vê tudo pela primeira vez e se surpreende com todas essas coisas incríveis. E eu, a partir daquele dia, pautei minha vida em cima disso! De olhar o mundo com olhos de criança. E vem esse cara, ontem, e diz que o grande repórter é aqueçe que jamais perde a capacidade de se surpreender com o mundo. Puta merda, como fiquei feliz. Coisa besta né? Mas eu sou meio assim mesmo. Me surpreendo com um monte de coisas. Tudo me causa espanto, de alguma maneira! Eu meio que cresci assim. Com isso na mente, por causa do que o livro me ensinou e, depois, do que a vida me ensinou em cima disso. Lógico que não é isso que vai fazer de mim A REPÓRTER, mas pô, fiquei feliz que o cara disse isso.. ahh, vcs entenderam. :)

Outra coisa que o Geneton disse é que não existe assunto chato - existe jeito chato de contar o assunto. E, de novo, bateu em mim de um jeito diferente. Porque no fundo, meu exercício aqui é esse: tornar meu dia-a-dia chato em textos digeríveis. Não consigo chegar muito longe ainda, ou seja, comemoro quando os textos chegam a ser meramente digeríveis e sonho com os dias em que eles serão "devoráveis" (adoro neologismos). Mas fiquei feliz, novamente, de saber que eu estava exercitando algo que ele mencionou como importante pra profissão. E algo que me dá muuuito prazer: transformar banalidades em texto. :)

Pra fechar (eu acho), vou fazer uma coisa que eu nunca achei que fosse fazer em toda minha vida: agradecer aos leitores. Fico muito realizada (oooohhnnn) de saber que as pessoas lêem isso. Você nem imagina o quanto! Não importa se você comenta ou não - a idéia do comentário seria debater os temas do texto ou discutir a qualidade dele e embora eu não ache o primeiro tão dispensável, o segundo é, então tudo bem. Não faço questão de que todo mundo comente. De vez em quando, um ou outro "anônimo" se revela e eu me lembro que pessoas que eu nem conheço lêem isso às vezes. Muito obrigada, mesmo.

Não fechei, afinal. A parte de cima foi escrita as 18h30 de hoje; essa frase aqui, já é as 00h03 do dia seguinte. Depois da aula e de perceber que eu estava certa sobre os idiotas: na minha sala tem uma porção deles! Sim, porque não tem outra palavra pra designar um cara que escolhe fazer Jornalismo, paga R$ 778,96 por mês e fica conversando EM TODAS AS AULAS DURANTE A AULA INTEIRA. Inclusive durante a aula de Pensamento Contemporâneo - uma das poucas que tenta fazer com que esses idiotas sejam menos idiotas. Mais uns dos que não aproveitam as oportunidades.

E acabou. Chato né? Não "chato ter acabado". "Chato" o texto, mesmo. Eu achei. Beeem fraquinho. Não é falsa modéstia não. Achei mesmo. Até porque, mesmo se fosse bom eu não acharia: passei a tarde inteira lendo a Piauí e depois de ler o How do you do, Dutra, do Antônio Prata, não tem como eu gostar de mais nada que eu lesse, muito menos meu.

Ana Paula Freitas at 6:34 PM


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domingo, novembro 05, 2006

As Spice Girls (ou: sobre as verdurinhas de plástico)

Cara, quando eu era pequena, eu era uma criança absolutamente peculiar. E eu ainda tô pensando se trato isso como um auto-elogio ou uma auto-crítica. Os itens que eu mais gostava era daquelas canetinhas, sabe? Aquelas diferentes, pequenininhas e fininhas assim, que vinham numa caixinha de plástico. Elas vinham em umas 20 cores mas o mais fantástico é que vinha uma canetinha extra que tinha o poder e apagar as outras. Então você desenhava e pintava e criava do jeito que queria, porque depois você pegava essa canetinha mágica, tipo uma pária das canetinhas, que fazia o inverso de todas as outras. No auge dos meus 8 anos eu nunca parei pra pensar porque era preciso uma canetinha "inversa" pra apagar, porque se você quer apagar algo na pintura, é só não ter desenhado ali pra começo de conversa. Mas eu nunca pensei nisso, então eu pegava as folhas de papel e pintava o dia inteiro. Era o que eu mais gostava de fazer. Engraçado nunca ter passado pela minha cabeça seguir alguma carreira artística. Eu sempre desenhei, nem bem nem mal, mas de um jeito meu assim, sempre fiz essas coisas de criação artística - depois mais na internet, mas não deixa de ser arte. Mas aí eu pensei que eu tinha que escrever pros outros, que besteira, de onde veio essa idéia? É muita pretensão, é querer mudar o mundo, é querer influenciar. É querer botar as coisas na cabeça delas. Elas lêem o que você fala e aquilo é a verdade e sempre foi. E eu me odeio mais ainda por saber que é exatamente por isso que eu escolhi isso. Eu só escrevi a partir dos 6, 7 anos. Mas desenhar, eu sempre desenhei.

Eu era uma criança nerd de um jeito estranho. Eu escrevi um livro sobre ets e mistério e um grupo de amigos que entrava numa casa mal-assombrada, e sobre uma bruxa estranha, e chaves com códigos, e investigadores misteriosos. Aos 7 anos, em 1995, ou seja, um protótipo do que viria a ser o Código da Vinci ou o Harry Potter. Mas eu perdi esse manuscrito, eu me lembro bem, eu escrevia num caderno brochura de capa vermelha, daqueles pequenos. Na capa, vinha escrito numa letra bem cursiva a palavra "Stilo" no canto superior direito. Era da gráfica em que minha tia trabalhava, eu lembro!, porque ela sempre trazia pilhas de cadernos pra casa, a gente nunca precisava comprar caderno.

E em 1993 eu perguntei pra minha outra tia se o Natal era uma data comemorada em 1993 apenas e a cada um período de tempo 1993 voltava e junto com ele o Natal. Não sei se me fiz entender mas era isso mesmo, e minha tia confirmou (!), o que me faz pensar que eu falava demais e ela já tava de saco cheio então disse qualquer coisa, provavelmente.

Eu jogava tazo, jogava Magic e lia a revista Wizard, aquela dos quadrinhos, e eu tinha 7 anos e ficava desenhando as capas da revista. Desenha o Wolverine, o Homem-Aranha, às vezes copiava de outros lugares, de revistas, eu desenhava o Sonic pra mandar pro jornalzinho que eu recebia do fã-clube do cheetos ou algo assim, desenhei um Bobby Generic (É GÉneric) do Fantástico Mundo de Bob. Eu lia aquele jornalzinho, o diarinho, do jornal daqui de Santo André, lia uma revista que eu não lembro o nome, e eu mandava desenhos e poemas praquela revistinha. Eu assisti Tin-tin, Glub Glub, Babar e Beakman, assistia o desenho do Glub Glub dos caras de massinha. Assistia o programa de ciências que passava à tarde, com um cientista japa e umas crianças, e assistia O Mundo da Lua, e ficava com medo de quando pai do Lucas Silva e Silva era "comido" por um ser invasor de outro planeta.

Meu primeiro CD da vida assim, que consigo me lembrar, foi da Eliana. Tinha os dedinhos e todas essas pérolas do indie-infantil contemporâneo, e eu tinha algo como 4 ou 5 anos. Eu ganhei um CD do Pearl Jam quando tinha quase 12 anos, depois ganhei um do Offspring, e uma vez quando me deram um do Backstreet Boys com uns 13 eu até que tentei gostar!, eu juro, mas parece que não rolou. Tinha uma música das Spice Girls que eu gostava, eu tinha comprado um CD na banca, Disco Hits ou DJ Hits, e vinha essa música das Spice Girls. Aí depois eu ia brincar com a minha feirinha, minha mãe tinha comprado essa feirinha, uma banquinha de plástico pra montar, caralho, com umas verdurinhas de plástico! e eu vendia verduras na minha banquinha, mas um dia a haste da barraquinha acidentalmente quebrou o vidro da sala e meu vô, ele quebrou a banquinha de tão puto.

E eu assinava revistinhas da Turma da Mônica! Vinham todo mês pra casa da minha vó, vinham todas, o problema era que em dois dias eu já tinha lido todas e tinha que esperar mais um mês pelas outras. E depois de um tempo eu tinha essa caixa cheia de revistinhas, aí eu improvisava e montava uma banca d ejornal que só vendia revistinhas, mas ninguém nunca comprava de mim então eu meio que desisti. Depois meu passatempo era brincar de circo no quintal. Eu pegava aquela bicileta que eu tinha, que era um triciclo afinal, tinha duas rodas atrás, e ficava no quintal me equibilibrando, de pé no banco, fazendo essas coisas, e cantava a música do circo, eu brincava que estava no circo, sozinha no circo.


Circo. A minha vida sempre foi um circo.

WMA é uma das canções mais poderosas de todos os tempos.

Ana Paula Freitas at 4:17 AM


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sábado, novembro 04, 2006

puta merda

quer saber o mais bizarro?

eu nunca olho o calendário do blog. nunca nunca nunca. mesmo. e hoje eu olhei.
cara!, o aniversario do blog. é hoje.

eu hein. "não confunda coincidência com destino", diria locke.

eu diria, foda-se.

curioso . o post debaixo é o oficial - esse foi só uma observação pós-post.


caralho! sou ou não sou
artista????? (hahaha isso foi irônico ok)

Ana Paula Freitas at 2:41 AM


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E a verdade sempre sai no final

A poesia não parece verdade. Tudo soa artificial, fabricado - a poesia também, essa inclusive. E quem falou em poesia? Quer dizer, isso não é poesia porque eu nunca escrevi um texto poético e nunca vou escrever um texto poético.

Mas e se a vida é poesia?, e a vida é poesia. É a vida que imita a arte e você vive situações cinematográficas, e se você imagina a vida dessa forma poética? você vê tudo com fotografia digna de oscar, qualquer barulho é trilha sonora - qualquer borrão na foto foi um pincel mal-usado. E você vive e vive e vive e vive e vive e vive e vive (e eu não copiei e colei) em busca de algo que preencha algo que você não tem. E procura o carro e a casa, o Ipod e o videogame, e o computador, e procura algo pra cheirar, ou procura algum lugar pra pregar. E disso você vive vive vive. Vive am função de algo que vai te pedir outro algo e você vive enquanto tiver algo sendo pedido pra você, é só aí que faz sentido.

e se você vê a vida como música? cada problema um harmônico, as situações doces são os teclados, as intensas são a percussão, e o que conduz são as notas das cordas. e porque você é louco se fizer issow e se isso tudo FOR música??? e é música.

o importante é que tudo seja tão diferente de um dia pro outro. e que você possa terminar e dizer que foi melhor, não porque as coisas foram melhores, podem até ter sido piores - mas delas você aprendeu muito. é passar cada dia desses aí, essas terças ensolaradas e essas quintas quando caí um dilúvio, com a certeza de que amanhã vai ter por que lutar. e que você pode pode sempre fazer valer a pena.

desculpem. o fim pareceu letra do cbjr?

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Ana Paula Freitas at 2:06 AM