sábado, setembro 23, 2006

Your eyes are bright with life and life is bright with you

É a vida que imita a arte ou é a arte que imita a vida?

Todo mundo diz que a vida é muito mais interessante que a arte!, mas eu não sei. Acho que depende. Acho que eu me sinto tão perdida porque tudo o que procuro é pessoas que me façam sentir a vida como eu sinto a arte. A vida, em si, ela é meio chata; ela é repetitiva e em alguns casos previsível. Eu quero coisas e pessoas e lugares que não sejam nem previsíveis nem repetitivos, eu quero coisas que eu olhe e diga: "isso poderia estar num filme e esse filme seria inovador, não algo da sessão da tarde."

E ponto.

Ana Paula Freitas at 5:44 PM


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quinta-feira, setembro 21, 2006

There's a hole in my pocket..

Eu quero que vocês se fodam...
Quero que se foda o que vocês pensam e falam do meu modo de agir, pensar, falar ou vestir...
Quero que se foda seu sistema, suas regras, quero que se foda essa sociedade capitalista e egoísta...
Quero que se foda seu egoísmo, de pensar só em você e achar que não existe mais ninguém com problemas no mundo...
Quero que se foda essa sua vontade de humilhar, de me diminuir, de pisar em mim...
Quero que se foda o que você acha de mim. Guarde pra você.
Quero que se foda o julgamento que você faz das coisas que eu faço e penso.
Não me julgue, não julgue meus atos, não julgue meus pensamentos e idéias, você não é ninguém pra ditar o que é certo ou errado...
Quero que se foda sua mania de querer estar certo sempre, mesmo estando totalmente errado...
Quero que se foda esse seu orgulho, que é o que mais te corrói...
Quero que se foda essa sua mania de criticar as situações e nem sequer levantar do sofá pra fazer a tua parte...
Só quero ser eu mesma, ser o que sou, sem nenhum tipo de influência dos conceitos dessa sociedade capitalista fdp...
Só quero ser livre, viver minha vida e poder falar, pensar e agir do meu jeito, sem interferência de ninguém..
Queria que todos pudessem ser livres como eu gostaria de ser...
Só queria que todos tivessem um teto pra morar, que todos tivessem comida na mesa, que todos tivessem direito à educação..
Queria que todos tivessem acesso às mesmas coisas e as mesmas oportunidades in this fuckin life.
Queria igualdade, liberdade e fraternidade pra todo mundo, e foda-se todo o resto.

Eu tinha 13 anos quando escrevi isso. Achei agora perdido no computador.

Tsc tsc. Que emo.

Ana Paula Freitas at 1:32 AM


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terça-feira, setembro 19, 2006

All for you

O que eu faço aqui não é Jornalismo. É só algo que me ajuda a me manter viva e bem, é pessoal e chega até a ser meio poético, literário - ou seja, contribui pra satisfazer a minha ambição de ser escritora, que eu tenho desde pequena. Acontece que desde sábado eu percebi algumas coisas na minha vida; percebi que faço jornalismo porque quero fazer jornalismo musical, ir em shows de graça, ganhar cds das gravadoras, ganhar credenciais pros shows, conhecer os caras da banda. Porque quero juntar as duas coisas que mais me dão prazer no mundo inteiro: a escrita e a música.

Percebi que se eu quero chegar em algum lugar, eu preciso fazer algo a respeito; aproveitar essa era da informação, onde eu posso criar um blog e divulgar aquilo que eu penso. Preciso aproveitar as ferramentas de busca, talvez usar um pouco de marketing colocando os álbuns resenhados pra download. Não sei, mas a decisão por hora é: vou criar um blog onde escreverei uma texto semanal sobre música e cultura pop. Não, não quero concorrer com o Lúcio Ribeiro - ao menos não por hora. Até porquê é desleal, não sou nada, não vou conseguir me credenciar pros shows, não vou conseguir CDs das gravadoras pra sortear e nenhuma merda dessa. Mas eu preciso começar de algum lugar; acho que no fundo eu tenho medo, porque penso que não sei escrever sobre músic e acho que ninguém vai gostar. Mas eu preciso começar pra desenvolver um estilo e é claro que tem os que vão gostar e tem os que não vão.

E aí vamos ver se dá em alguma coisa. Vou virar jornalista 24 horas por dia (acho que ainda falta isso em mim); desenvolver meu faro pra notícia, levar sempre câmera fotográfica, gravador e bloco de anotações na bolsa.

Vocês leriam um blog feito por uma pessoa que desde domingo anda com um broche do Franz Ferdinand na lapela? Ok, sério agora. Vcs leriam?

PS.: Pensando melhor, "escrever e música" não são as duas coisas que me dão mais prazer no mundo inteiro, não. Mas hum, eu gosto.

Ana Paula Freitas at 4:54 PM


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segunda-feira, setembro 18, 2006

Darts of pleasure

Dizem que a vida é vivida nas pequenas coisas. E então eu tenho esse fim de semana incrível, e inusitado, e confuso de certa maneira, e paro pra pensar o que vale a pena na vida. Eu sou chata e complicada demais; eu não consigo simplesmente aproveitar as coisas. Eu tenho que pensar sobre elas e criticá-las.

Porque me encanta a maneira como a música une e desune as pessoas.. São 8.000 pessoas cantando ao mesmo tempo, e o cara no palco, ele tem total domínio sobre as oito mil pessoas. E ele sabe disso; ele influencia todo mundo que gosta dele e da música dele. O Eddie sempre dizia pra amar a música e não os músicos e ele estava certinho; mas a gente confunde as coisas. E como a gente ama (e ama!) um cara que a gente nunca conversou? A gente só sabe que a voz dele é incrível, que ele tem trejeitos incríveis, que é simpático e.. engraçado, e tem o sotaque mais estimulante do mundo inteiro. E que toca numa banda que faz músicas bem legais, e que no palco a banda junta põe tudo abaixo. E por isso você confunde as coisas.. Você pensa que gosta do cara, mas você gosta da música dele E daquilo que ele aparenta ser pra você. O que realmente está longe de ser o que ele realmente é.

Uh?

Ok, agora sobre a tietagem. Nunca tinha feito isso, nem com o Pearl Jam. Cara, eu não tenho nada com o Franz Ferdinand. É uma das minhas bandas preferidas, conheço todas as canções E SÓ; não sei cantá-las, não sei as letras e os nomes e até ontem eu só sabia o nome de dois integrantes. Bob Hardy e Paul Thomson pra mim eram "o baixista" e "o guitarrista". Foi a mesma coisa com o Los Hermanos, acho; você assiste um show e a performance ao vivo da banda faz com que você se apaixone e você vicia durante algumas semanas. Depois passa e você volta àquela que é sua primeira banda ever, mas cresce a admiração por um outro grupo. O problema é que quando a admiração cresce, as expectativas crescem, e inevitavelmente você se decepciona - de forma estúpida, é claro, porque apesar de eu pagar o CD deles, eles não devem mais nada (além disso) pra mim.

E aí, você vai até o hotel(!) dos caras e treme porque está os vendo na sua frente; e ao mesmo tempo você pensa "porra, como eu sou idiota, eles são pessoas como eu". E você pede pra tirar uma foto, e sim, uma foto é legal!, mas também é idiota. Uma foto com a minha mãe é, na essência, muita mais significativa do que uma foto com Nicolas Augustine McCarthy (embora eu tenha que admitir que a diferença básica é que o Nick eu pegaria, a minha mãe não).

E aí você conversa com o cara daquela outra banda, a menor, que vai abrir o show. E o cara é.. normal! É um cara normal que toca numa banda. Sabe aquele seu amigo que toca numa banda? Então. Coloque nele um sotaque britânico e, voilá, você tem Eddie Argos e sua trupe. E eles falam sobre as letras, comem batatas, perguntam se você gosta do som da guitarra deles, param amúsica pra acrescentar diálogos do Jay-Z e dizerem que se alguém que você gostaria que estivesse com você não estiver, é porque não é pra estar (uh?).

Aí eu, no meio do show, olho praquilo tudo - praqueles caras tocando de forma incrível, cantando coisas engraçadas, e penso de uma forma incrivelmente verdadeira - "Porra. Thats what im talking about, man!"

Brincadeira..

E penso: "Shite, é isso que eu quero pro resto da minha vida!"

E, droga! Que coisa pequena pra querer pro resto da vida. E afinal.. O que é que eu quero pro resto da vida? Assistir uma banda dessa? Um namorado desse? Um amigo engraçado assim pra conversar? Um lugar onde tenha um monte de pessoas que fale assim e se vista assim? Conhecer esses caras e virar amiga deles e escrever sobre eles?

E no final, todas essas coisas parecem pequenas. E eu me deprimo, porque sei que quando eu pensei que era isso que eu queria pro resto da vida, eu estava falando sério. então eu realmente quero pra minha vida algo que é realmente pequeno e que eu nem sei direito o que é.

E eu peguei uma palheta; não significa muito pra mim, mas uma menina lá tava querendo dar uma grana nela. Não vendi, claro.

Conclusões finais..:

1. A gente sempre sai dos shows fodas meio deslumbrado, mesmo. É normal que no momento eu só ache que serei feliz se casar com Alex Kapranos; depois do Pearl Jam, me senti da mesma forma com Mike McCready. Passa.

2. Os rockstars também podem ser muito legais. Os Art Brut e os Franz são ótimos.

3. Quero ser fotógrafa de shows de rock, pro resto da minha vida.. Na verdade, no fim, pareceu mais legal ter tirado aquelas fotos incríveis do que ter assistido ao show.

4. Os shows foram ambos incríveis. Assisti a alguns shows na minha vida, não dá pra me exibir porque são poucos. Mas tirando o Pearl Jam, que por razões óbvias foi meu preferido, nunca vi, nem pela TV nem ao vivo, nada igual àquilo que eu vi na noite de sábado pra domingo. Não me emocionei como me emocionei no Pearl Jam, mas foi muuuito mais.. energético.

De forma geral, me dei conta que eu preciso de amigos que gostem das mesmas coisas que eu. E que eu sempre me atraso pro trabalho quando resolvo postar no blog.

De zero a dez, quanto esse post ganha? :/
Não consegui expressar o que tava querendo dizer.. Ainda não saiu, embora eu não saiba exatamente o que é. Mas pelo menos eu tentei.

http://www.flickr.com/photos/anabsf

As fotos..

Ana Paula Freitas at 10:46 AM


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sábado, setembro 09, 2006

Whatever people say, thats what I'm not

Eu tenho um monte de idéias, 30, 40 por dia, e não consigo escrever nenhuma, porque no fim sempre acho que nenhuma delas é digna de um texto. E elas são!, sim elas são. Todas as idéias, nenhuma é menos digna de um texto do que a outra, nunca. As idéias, elas são sempre boas. Elas são imunes.

Hoje eu resolvi dar uma chance aos Artic Monkeys. Até que eles são divertidos. E ontem eu assisti V for Vendetta (V for Vendetta soa muito melhor do que V de Vingança) e é um filme incrível! Me lembra muito 1984, mas porra, muita coisa que eu vejo me lembra 1984. O fragmento de Foucault sobre o panoptismo me lembra 1984, e sem zueira, mas 1984 tem algo de mito da caverna nele, algo de Matrix. Po, que viagem. Mas é verdade. Essas coisas legais todas fazem referência entre si, porque não dá pra ficar criando coisas legais pra sempre, as coisas legais se esgotam (sim, elas são limitadas, tudo que é legal é limitado!), então se copiam e se reinventam. Todas as coisas legais que a gente fala, faz, cria, e tudo mais, provavelmente alguém já fez antes. Música? Nada mais é novo. Um estudo, li sobre ele há uns dois anos, dizia que matematicamente falando todas as combinações possíveis de acordes já foram usadas alguma vez. O que resta então pra fazer música boa é a criatividade nos arranjos, nas letras, e a esperança de que os fãs sejam burros pra não perceber quando há uma plágio ou alguma "homenagem", como os artistas caras-de-pau costumam chamar.

A Marina disse que sonhou que eu e ela e mais umas pessoas que a gente conhece estavam fazendo um teste pra ir pra algum lugar, tipo outro planeta. Quando eu era menor, eu tinha certeza que em alguns anos o juízo final chegaria. Quer dizer, nunca fui religiosa, mas eu já via o mundo indo pro buraco; eu tinha certeza que as coisas iam terminar e que as pessoas "capacitadas", evoluídas mentalmente e espiritualmente iriam pra outro planeta mais evoluído, viver lá; as menos evoluídas ficariam aqui. Eu era criança, tinha uns 9 anos, e não tinha medo por mim!, porque eu achava que a maioria das crianças eram puras e etc e por isso eu não precisava temer, mas eu tinha medo pelos meus familiares. Eu pensava "será que minha vó e minha mãe e meu pai e meu avô são bons o suficiente pra irem pra esseplaneta ou eles ficariam aqui na terra?". Mas, bom, depois de uns anos eu descobri que..

1. Se houver realmente o juízo final assim como eu imaginei, e se meus avós e pais não forem poupados da morte lenta e dolorosa (destinada a todos os espíritos nao evoluídos), então não há justiça no que chamamos de "universo" porque eles são as pessoas mais incríveis do mundo.

2. Não houve o tal juízo final então fodeu-se!

E eu penso muito nas coisas!, demais. Acho que todas as pessoas pensam muito, mas comigo deve ser acima da média. Todo mundo fica falando "nossa, vc fala muito rápido!", mas é que se eu não falar rápido eu me perco nos meus pensamentos. Eles correm mto rápido e eu preciso falar rápido pra acompanhar. Eu considero todas as possibilidades de todas as coisas, e penso em todos os "comos" e todos os "porquês" possíveis, sempre. E fico pensando sobre eles, em tudo. Meu irmaõ diz que eu me preocupo demais. Já eu acho ele muito despreocupado. E assim a gente segue. Eu sou Ana Paula, tenho 18 anos, eu amo minha família e me dou bem com eles, mas mesmo assim eu só queria um punhado de dinheiro pra poder fugir desse lugar, e ir morar em algum espaço do outro lado do mar, onde as pessoas falem uma língua que eu não entenda, onde elas comam coisas que eu não como, onde elas riam de coisas que eu não ache graça. Eu iria todo dia trabalhar num lugar onde essas pessoas estariam fazendo essas coisas que eu não faço, e depois de alguns meses eu as compreenderia completamente - não me refiro a compreender o que elas falam, mas compreendê-las na totalidade. E aí eu me mudaria pra algum outro lugar, onde também falassem outra língua que eu não entendesse e comessem coisas que eu não como e rissem de coisas das quais eu não acho graça; então eu ficaria alguns meses com eles e os compreenderia. E depois de 10, 20 anos fazendo isso, talvez eu compreendesse a mim mesma. Na totalidade.

Porque eu ainda julgo as pessoas pelo que elas gostam. E no fundo as pessoas são um pouco o que elas gostam; algumas são totalmente, e dessas eu quero distância!, apesar de eu achar que sou uma delas. Essa é minha grande dúvida, que me aflige desde que eu percebi que existiam outras pessoas no mundo e que a gente precisa se relacionar ou não com elas, e que com algumas a gente se relaciona melhor do que outras. A dúvida, enfim, é: As pessoas são o que elas são ou são os que elas gostam? E aí eu descobri que muitas pessoas gostam das coisas e são pessoas independentes das coisas que elas gostam; e descobri que algumas pessoas são o que elas gostam. E dependendo do que elas gostem isso é horrível!, mas ás vezes pode ser legal. Então a gente não pode pré definir padrões ou tentar adivinhar essas coisas porque essa é a graça de lidar com pessoas - não é como num videogame que vc tem 30 ações previstas e tudo o que pode acontecer está entre essas 30 ações -, é imprevisível! E embora eu paute um monte das minhas atitudes em cima daminha racionalidade e da minha necessidade ou pretensão de tentar adivinhar as atitudes alheias, me dá muito mais prazer quando eu erro do que quando eu acerto.

Só por curiosidade..:


You scored as Idealist. Idealism centers around the belief that we are moving towards something greater. An odd mix of evolutionist and spiritualist, you see the divine within ourselves, waiting to emerge over time. Many religious traditions express how the divine spirit lost its identity, thus creating our world of turmoil, but in time it will find itself and all things will again become one.

Cultural Creative


75%

Idealist


75%

Postmodernist


75%

Romanticist


69%

Existentialist


63%

Fundamentalist


50%

Modernist


44%

Materialist


44%

What is Your World View?
created with QuizFarm.com

Ana Paula Freitas at 4:48 PM


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sábado, setembro 02, 2006

Gang of Four!

Caralho. E eu consegui colocar o template aqui, aquele que eu queria colocar há anos. E eu vou no show do Los Hermanos amanhã e no Franz Ferdinand no dia 16. E eu consegui colocar o template no blog meu e da Gabi tbm, o Streets of London. Ah, foi graças à Thaís (Do In-Green, aqui do lado). Esqueci de colocar de volta o contador mas foda-se. Depois arrumo os detalhes.
E aluguei uma câmera na facul e tirei váárias fotos, e ganhei uma porra dum ingresso pro show do Gang of Four na coluna do Finas (na Dynamite). E acho que isso é o suficiente pra eu encerrar por aqui. Porque não há mais nada a dizer, exceto que eu estou gostando cada vez mais do Alta Fidelidade.

Ana Paula Freitas at 1:42 AM