sábado, novembro 04, 2006

E a verdade sempre sai no final

A poesia não parece verdade. Tudo soa artificial, fabricado - a poesia também, essa inclusive. E quem falou em poesia? Quer dizer, isso não é poesia porque eu nunca escrevi um texto poético e nunca vou escrever um texto poético.

Mas e se a vida é poesia?, e a vida é poesia. É a vida que imita a arte e você vive situações cinematográficas, e se você imagina a vida dessa forma poética? você vê tudo com fotografia digna de oscar, qualquer barulho é trilha sonora - qualquer borrão na foto foi um pincel mal-usado. E você vive e vive e vive e vive e vive e vive e vive (e eu não copiei e colei) em busca de algo que preencha algo que você não tem. E procura o carro e a casa, o Ipod e o videogame, e o computador, e procura algo pra cheirar, ou procura algum lugar pra pregar. E disso você vive vive vive. Vive am função de algo que vai te pedir outro algo e você vive enquanto tiver algo sendo pedido pra você, é só aí que faz sentido.

e se você vê a vida como música? cada problema um harmônico, as situações doces são os teclados, as intensas são a percussão, e o que conduz são as notas das cordas. e porque você é louco se fizer issow e se isso tudo FOR música??? e é música.

o importante é que tudo seja tão diferente de um dia pro outro. e que você possa terminar e dizer que foi melhor, não porque as coisas foram melhores, podem até ter sido piores - mas delas você aprendeu muito. é passar cada dia desses aí, essas terças ensolaradas e essas quintas quando caí um dilúvio, com a certeza de que amanhã vai ter por que lutar. e que você pode pode sempre fazer valer a pena.

desculpem. o fim pareceu letra do cbjr?

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Ana Paula Freitas at 2:06 AM


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