segunda-feira, agosto 21, 2006
Work, Work Work (Pub, Club, Sleep)
O Google comprou o Blogger, num dos grandes passos para a definitiva e consolidada conquista do mundo virtual - e conseqüentemente, do real.
Eu nunca tive nada com bandas britânicas. A única coisa inglesa que eu ouvia, que imprimia características da cultura da grã-bretanha no som, era The Who - e mesmo assim, eram características dos anos 60 e 70 etc. Todas as bandas das quais eu era ou sou fã eram americanas. E de meses pra cá venho ouvindo rock inglês em abundância. Não existe o preconceito do tipo "só ouço se vier do reino unido", mas têm sido minhas preferidas. Franz Ferdinand, Kaiser Chiefs, Idlewild, Young Knives, Art Brut, Rakes, Bloc Party, Hard Fi, Futureheads, Gang of Four. Fora isso, tenho ouvido She Wants Revenge, Radio 4, Afghan Whigs, Raconteurs, Panic! At the Disco, We Are Scientists e Wolfmother - essas americanas. Mas as que mais me atraem são as do reino unido e sabe porquê? Por que essa nova safra de pequenas grandes bandas inglesas (odeio Artic Monkeys, btw) imprimem nas letras, nas roupas, na atitude, nas melodias, o urbanismo das cidades européias de onde eles vêm. Eles trazem junto cultura e não são só música. Elas são produtos do ambiente onde vieram e suas letras e seus modos são diretamente relacionados à isso. E a cultura européia em geral me atrai mais, bem mais, do que a americana. Gosto muito muito de Rakes e a certa altura me dei conta que eles são muito parecidos com os Strokes (claro que com um sotaque muito mais atraente). Mas eu nunca gostei de Strokes!, o que tava acontecendo comigo? A única música do Strokes que eu gosto é aquela nova.. Juicebox? É, isso. É a única que eu realmente acho incrível. Eu já assisti o Strokes ao vivo e mesmo depois disso não consegui gostar deles. Acho que é isso: quando ouço música de lá, por aqueles momentos as letras e as guitarras acabam me transportando pra lá por alguns segundos. Aí eu vejo como é bom e tenho vontade de voltar.
Quando eu voltar de lá (e eu nem fui de verdade ainda), quero conhecer o Brasil. Já passou pela cabeça conhecer o Brasil antes mas não, não. Quero fazer algo que vai precisar de uma grana que eu pretendo juntar lá no UK. Quero fazer mochilão pelo país inteiro. Tipo Norte, Sul, Leste e Oeste mesmo. Quando eu tiver com uns 30 anos vou ter viajado pra maioria dos lugares que quero conhecer hoje, mas aí eu já vou querer conhecer outros, então nunca vai ser suficiente. E provavelmente eu serei uma viciada em viagens e trabalharei para viajar exclusivamente. Então já tenho alguns planos bem fixos; as outras coisas irão se formar aos poucos na minha cabeça, como se formou essa idéia de conhecer o meu país, que eu gosto tanto e por isso me sinto tão triste que ele esteja tão.. sucateado.
E sábado teve churrasco das pessoas dos 3c1, e eu tenho algum carinho pela maioria delas, e acho que nunca vou esquecer algumas das pessoas que se formaram comigo (algumas inclusive eu pretendo manter na minha vida pro resto dela), mas das que eu tenho me afastado, três tem algum significado pra mim. E acho que nenhum deles três vai ler isso nunca, mas foda-se. O primeiro deles chama-se Bruno Ribeiro e é um dos poucos caras que me entendeu tão completamente na vida. Nem sei se ele sabe disso. O outro chama Yuri Braga e ele tá aqui porque se parece muito comigo - não fisicamente, ok, vocês entenderam. E acho que ele não sabe disso. O outro se chama Gabriel Batista (isso é nome de anjo + nome de apóstolo, né? Um pouco a ver com ele, talvez) e é porque ele foi um dos meus únicos amigos - amigos - no colegial inteiro. Porque me mostrou um monte de bandas e me contou um monte de coisas!, e porque foi responsável pela total ruptura e reconstrução da minha cabeça no sábado. Desculpem, não posso ser mais específica - isso é internet. Acho que eles não vão ler isso nunca, também, mas aqui fica a homenagem pra eles.
Ah, que bonito. Vocês sabem que eu sou uma pessoa sensível, não? Quero dizer, sou meio idiota e tudo mais, mais idiota que o comum, mas sou bem sensível, bem mais do que o comum, também. Eu acho.
E (quase) fim.
Talvez seja falta de sono, ou o porre de ontem. Agora meus olhos doem, e se esse idiota tossir de novo na minha nuca eu vou estourar a cara dele.
Ah, é isso, respira fundo. Eu preciso sair daqui, preciso esfriar a cabeça. E todas essas palavras, essas idéias e esses argumentos diferentes - tem sempre alguém falando quando eu to tentanto fazer com que isso tudo faça sentido. E todo stress que constantemente me atinge, eu só vago por aí, sem foco ou intenção nenhuma.
Deita, olha pro céu. Eu só vago sem foco ou intenção. Eu tô com a mesma camisa faz dois dias, tem shoyu seco nela então todo mundo percebe; posso tomar banho e esfregar ela. Ainda to com o cheiro de cigarro do Weatherspoons pub. Vou almoçar mais cedo, colocar um pouco de açucar no sangue. Minhas roupas ainda cheiram a ontem à noite; preciso esfriar a cabeça.
E todas essas palavras, essas idéias e esses argumentos diferentes - tem sempre alguém falando quando eu to tentanto fazer com que isso tudo faça sentido. E todo stress que constantemente me atinge, eu só vago por aí, sem foco ou intenção nenhuma. Deito, olho pro céu. Eu só vago sem foco ou intenção.
E porque esses turistas andam tão devagar? Principalmente agora que eu tenho algum lugar pra ir? E tem uma garota chique, falando e falando sobre o cachorro dela e o Sr. Morgan. Soa tão engraçado quando eu ouço você chamando! Minha mãe é do tipo "moleque o que você está fazendo?" Por favor, cala a boca e tenta parecer confiante no seu trabalho, quando você terminar o cursinho.
E todas essas palavras, essas idéias e esses argumentos diferentes - tem sempre alguém falando quando eu to tentanto fazer com que isso tudo faça sentido. E todo stress que constantemente me atinge, eu só vago por aí, sem foco ou intenção nenhuma. Deito, olho pro céu. Eu só vago sem foco ou intenção. Ana Paula Freitas at
4:49 PM