quinta-feira, agosto 31, 2006

The waiting drove me mad

Usei meu bloquinho e anotei todas as coisas interessantes/engraçadas do dia pra ver se conseguia transformar alguma delas em texto. Na verdade, se eu tiver inspirada, dá pra escrever um livro inteiro só falando das coisas de um dia na vida de uma pessoa - se você esmiuçá-las bem e fazer relação com outros fatos. Vai ser tipo um 24 horas literário: um livro inteiro, umas 500 páginas, só sobre um dia de uma pessoa. Do momento em que ela acorda até a hora em que ela se deita.

Estava no carro da minha vó (tive um dia muito bom com ela ontem) e tive mais uma das minhas brisas (ou sonho-real). Tipo aquela da Hello Kitty e das mortes. Era relacionada ao fim do mundo e à relógios. Uma coisa que sempre me fascinou de alguma maneira foi o tempo! Então tem uma coisa meio mística que eu imagino, que é, quando o mundo tiver acabando, os relógios vão parar. Os mecânicos. Tipo um segundo eterno! Um segundo eterno, é estranho, paradoxal, mas no meu sonho funciona. Então eu imaginei os relógios parando e as pessoas percebendo, no naipe de "Fulano, que hora são por favor? Meu relógio parou!" e "Ué, o meu também.. que estranho!", e dali a alguns minutos (que não existiriam mais, se é que vocês me entendem) os meteoros de fogo começariam a cair. Esse negócio de relógio parar me lembra Lost, que me lembra Triângulo das Bermudas. E eu ainda não assisti Lost...

E ontem minha vó comprou uma coisa que eu queria ler faz teeeempo, anos talvez: Alta Fidelidade. E eu comecei a ler e não consigo parar!, e cheguei à conclusão que sempre fui influenciada pelo Hornby sem saber. Quero dizer, o texto dele sempre foi uma inspiração forte sem ter sido, porque eu só o conheci ontem. Deu pra entender ou ficou confuso?

Eu odeio esses posts onde eu falo, falo, falo e não falo nada; onde os pensamentos são curtos e ocupam no máximo 6 linhas cada, que não têm coesão nenhuma e os parágrafos não fazer referências entre si. E eu os escrevo o tempo todo! O quão.. esquisita eu sou? E quantas vezes já me perguntei isso na história desse blog?

Aí ontem a gente tava discutindo umas mortes imbecis. Alguém falou duma mulher que foi cortada ao meio porque estacionou o carro em lugar proibido e o segurança do lugar não gostou. E eu pensei que é horrível morrer por tão pouco, pras pessoas que vivem deve ser muito frustrante, pra que vai deve ser ruim também mas eu não sei. Mas tão ruim quanto morrer por pouco é viver por pouco. Essas pessoas que vivem por coisas pequenas, cujas vidas são pequenas e os horizontes são pequenos, e tudo é pequeno. Deeve ser ruim viver assim. Mas elas são tão pequenas que nem isso percebem né?

Como se a minha vida fosse a maior coisa do mundo.. tsc tsc.

Ana Paula Freitas at 6:07 PM


2 commentários.