segunda-feira, agosto 14, 2006

That´s why we only work when we need the money

O mais engraçado é que eu quero ser crítica cultural e jamais em toda a história do blog eu fiz alguma crítica de livro/filme/álbum whatever. Além de ser muito estranho, é preocupante. Primeiro porquê (por quê? porque? porquê? por que?, nunca aprendi esta merda) o blog deveria servir pra eu exercitar minhas "habilidades jornalísticas" (bela expressão, huh), e não pra eu ficar me perguntando o sentido da vida ou quando usar "por quê" separado e com acento. Em segundo, por quê (shit) se eu nunca escrevi um texto assim, de crítica e tal, como eu posso saber que eu quero fazer isso pro resto da vida? Só porquê (de novo poha) eu gosto de música e de cinema e de livros? Isso não quer dizer nada. Meu amigo César é médico e escreve altas resenhas dos discos que ele ouve. E ele só ouve música boa, aliás, o blog dele tá aqui do lado (Indienation). Qualquer dia eu vou zoar ele por causa do nome desse blog, afinal indie que é indie não se auto declara indie. É igual a ser emo.

Falando em emo, indie e essas frescuras de gente estranha, vocês já ouviram falar dos chavs? Não, não é o chaves do oito (Ok, sou infame). Eu tinha ouvido falar deles há meses, na época li que eram tipo uma tribo lá do UK. Os caras usam roupas claras (branco) e xadrezes, chapéus (boinas etc), correntes e roupas esportivas, com listras (adidas?). Hoje estava fazendo minha visista diária ao you tube e achei um director video de uma menina, era "como ser um chav" ou algo assim. Assisti e resolvi pesquisar sobre eles de novo na Wikipedia (que junto com o Google vai dominar o mundo. By the way, essa semana uma professora minha falou mal da Wikipedia, fiquei puta!) e descobri que além de tudo isso, eles ouvem hip-hop e estão, para os jovens britânicos, como os emos estão para os jovens brasileiros: ou seja, quem é chav tem muito orgulho disso; quem não é os odeia com todas as forças.

Precisou disso tudo pra eu me dar conta que essas.. tendências, digamos assim, são coisas naturais da adolescência. Quer dizer, eu já tinha percebido, mas é estranho ver como o que muda é só o nome e os acessórios e que no fundo, o princípio é o mesmo - ser diferente dos demais mas ser igual a quem é diferente (O.o), porque é sempre necessário se encaixar em algum lugar quando você é adolescente.

Ih, me confundi. O que importa é que esse é o tipo de coisa típicamente típica (hahaha) da adolescência. Quem era emo ou chav não vai ser emo ou chav aos 30 anos, com raras exceções, porque a pessoa vai crescer e amadurecer e ver que tudo aquilo era bullshit. A pessoa "Indie" talvez dure até os 30, vide os grups. Mas essas coisas "mais de moda" e que não têm uma "ideologia" relacionada à contexto social tendem a se extinguir à medida que a pessoa for amadurecendo. Se até as ideologias políticas se esvaem, por resignação ou cansaço, quem dirá essas, que não são nada.. O cara com 30 anos não vai continuar a ouvir Simple Plan e Good Charlotte, não faz sentido. Mas ainda faz sentido ele ouvir Franz Ferdinand e Death Cab For Cutie, por isso existem os grups né. Falando nos grups, no dia da padaria, eu a Gabi e a Marina nos demos conta que iremos usar All-Star até morrermos. Foi uma espécie de pacto. Eu quero ser enterrada de All-Star.

Pra fechar, piadinha infame tiradado Blog da Val (beesbilhotando, tá aí do lado):

Um sádico, um masoquista, um assassino, um necrófilo, um zoófilo e um piromaníaco estão sentados num banco de jardim dentro de um sanatório, sem saber como ocupar o tempo.

Diz o zoófilo:
- E aí, vamos transar com um gato?

Então diz o sádico:
- Vamos transar com um gato e depois torturá-lo!

E diz o assassino:
- Vamos transar com um gato, torturá-lo e depois matá-lo!

Diz o necrófilo:
- Vamos transar com um gato, torturá-lo, matá-lo e depois transamos com ele outra vez!

E diz o piromaníaco:
- Vamos transar com um gato, torturá-lo, matá-lo, transar com ele outra vez e atear-lhe fogo!

Segue-se um silêncio, todos olham para o masoquista e perguntam:
- E aí?

E diz o masoquista:
- Miauuuu..

Só pra fechar, o título do post é uma homenagem dupla. Primeiro, porque (AAAHHRRGHHH) ru comprei o ingresso pro Motomix (Franz Ferdinand E Art Brut). Segundo porque (-) eu não me esqueço do discurso da Lu sobre essa música. A Lu é a cunhada do meu pai, minha quase tia - mas é estranho falar que ela é minha tia. Na penúltima vez que ela veio pro Brasil (ela mora na Espanha) a gente ficou conversando sobre FF e ela falou com entusiasmo de como aletra de Jacqueline é verossímil. É uma coisa óbvia mas que ninguém fala. Porque por mais que eu seja apaixonada pelo que eu faço, eu só trabalho porque preciso do dinheiro. E ponto.

PS.: Todo mundo fica falando de Lost, Lost pra cá e Lost pra lá. E eu tô com vontade de assistir mas.. Preciso começar do começo! Alguém me empresta a primeira temporada?

PS2.: Pensando bem, eu já escrevi textos de crítica musical, sim. Eu era colunista do osite.com.br. Falava de música de maneira geral e em alguns textos fiz crítica de álbum. Mas agora, relendo os textos, puta merda. Que coisa tosca.

PS3.: Quantas vezes eu comecei um parágrafo com "Pra fechar", "Só pra fechar" e não fechei poha nenhuma?

Ana Paula Freitas at 11:45 AM


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