sábado, novembro 05, 2005
If you put it on, if you put it on...
PJ Harvey IS the perfect-for-fucking soundtrack. Mas já me falaram do Queens Of The Stone Age usado também pra esse fim com resultados extremamente positivos. Preciso de experiência própria pra dar uma opinião justa sobre essa questão.
Me arrependo de não ter conhecido a PJ Harvey antes, assim como sou tão otária a ponto de olhar pra trás e pensar: "Puxa! Como teria sido se eu tivesse feito certa coisa naquela época, e não só agora?". Só que não sou capaz de perceber que estou fazendo agora, e isso é o que conta e isso é foda!
Dia legal, e eu gostaria que todos fossem assim. Gostaria que em todos os dias eu olhasse em volta e percebesse que as coisas pequenas e tão legais são as únicas coisas que fazem esses dias valerem a pena. Porque, na real, eles não valem. Eu acho que é bem "tenho uma nuvenzinha na minha cabeça; as vezes ela chove, mas na maioria do tempo não.", como tive a oportunidade de ouvir hoje. Mas ela tá sempre lá, pode não estar chovendo, mas tá sempre nublado. E ameaçando cair um pé d'água, então eu tô sempre alerta.
Não sei o que acontece comigo, mas a possibilidade de me tornar Jornalista é o que mais me encanta atualmente, parece que eu libero doses cavalares de endorfina no corpo quando penso que daqui poucos meses finalmente estarei assistindo às aulas do curso que sempre quis fazer. E sei que é ilusão, e que possivelmente a faculdade não será quase nada daquilo que eu espero, mas as ilusões são o tempero da vida. Não sei a partir de que momento eu disse "porra, vou escrever sobre música pro resto da minha vida e ser feliz", sei que um dia eu tava com isso na cabeça e foi simplesmente assim.
E viajar, e colocar a mochila nas costas e conhecer todos os lugares que eu quero, que aliás eu nem sei quais são agora, mas que vão me mostrar tudo aquilo que eu não posso ver aqui. E tudo aquilo que ninguém aqui nem nada aqui pode me oferecer. A superfície, ela nunca me atraiu, não sei explicar porque. As coisas e as pessoas, tem que ser tudo intenso e tem que ser tudo lá no fundo, a partir do fundo, porque a superfície não diz nada, não traz nada, não mostra, não é nada.
Um campo verde tipo uma pradaria, os pés de trigo bailando ao vento no ponto mais alto da planície, na parte de baixo um poço e um reflexo, e depois a noite e as estrelas. E aquele assovio (assobio?) do vento, assim baixinho, sabe aquela noite de verão, fresca? Aquele vento assim, não muito forte.. E um barulho ensurdecedor no final, tipo um grito de desprezo, e o cenário se desfaz. À espera..
Ana Paula Freitas at
1:19 AM